
Em meio à crescente pressão por conta de episódios de violência envolvendo agentes da corporação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu substituir o comando da Polícia Militar do Estado. A mudança será feita por meio de uma solução negociada com o atual comandante, Cassio Araújo de Freitas, que optará pela aposentadoria.
Acordo e aposentadoria do atual comandante
A saída do coronel Cassio Araújo de Freitas foi alinhada diretamente com o governador como uma forma de transição suave no alto comando da corporação. Embora, pelas normas internas da PM, um coronel tenha um limite de cinco anos no posto, Freitas, por ocupar o cargo de comandante-geral, estava imune a essa limitação. Ele recebeu a patente em fevereiro de 2020 e poderia permanecer por mais tempo, caso não deixasse o comando.
Nomeação de José Augusto Coutinho
Para ocupar o cargo, Tarcísio nomeará o atual subcomandante da PM, José Augusto Coutinho, como novo comandante-geral. A informação já circulava nos bastidores e foi antecipada por repórteres do portal Metrópoles. A escolha confirma o alinhamento do novo comandante com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública, comandada por Guilherme Derrite.
Perfil do novo comandante
José Augusto Coutinho é visto como nome de confiança da atual gestão. Com uma trajetória consolidada dentro da corporação, ele já comandou a ROTA e o Comando de Policiamento de Choque, unidades de elite da PM paulista. Em fevereiro de 2024, foi promovido ao posto de subcomandante, consolidando sua ascensão no alto escalão da segurança pública estadual.
Reorganização estratégica da PM
A nomeação de Coutinho é mais um movimento da gestão Tarcísio para reestruturar a Polícia Militar de São Paulo. No início de 2024, o governador já havia promovido uma mudança de grande porte ao substituir 34 dos 63 coronéis em posição de liderança, reforçando sua intenção de moldar o comando da corporação de acordo com as diretrizes defendidas por Guilherme Derrite.
Repercussão e expectativa
A substituição ocorre em um contexto sensível para a segurança pública paulista, marcado por denúncias, vídeos polêmicos e questionamentos da sociedade civil sobre a conduta de alguns agentes. A expectativa é de que o novo comandante traga renovação e medidas que alinhem a atuação da corporação com os compromissos assumidos pela atual gestão.
Relações internas fortalecidas
Além de sua experiência operacional, Coutinho mantém boa relação com os setores da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública, o que deve facilitar o diálogo institucional e a integração entre forças, considerados pontos estratégicos para a contenção da violência e a promoção de uma política de segurança mais eficiente.