O conceito de patrimonialismo está relacionado a um sistema da política que vê o Estado como uma expansão da propriedade privada do governo, ao invés de servir aos interesses públicos. No entanto, o termo não se aplica somente ao Estado, mas também em iniciativas privadas, envolvendo também as relações que ao longo do tempo afeiçoaram a administração pública.
Segundo o advogado, escritor e mestre em economia, Edmilson Gama da Silva, no Brasil, o patrimonialismo está relacionado a questões históricas, vindas do estado colonial português, que foi se desenvolvendo de diferentes formas, dentre elas uma mistura do público e privado, onde governos tratavam os bens públicos como privados, resultando em corrupção e patronato.
Outro ponto que torna o Brasil um estado patrimonialista, segundo Edmilson Gama da Silva, é a influência exercida pelas elites políticas que desempenham um controle sobre os recursos e as instituições públicas.
Na explicação de Edmilson Gama da Silva, as desigualdades sociais e econômicas também são resultados do patrimonialismo, que favorece a elite no que diz respeito aos recursos do Estado. Além disso, para o economista, no Brasil, há uma burocracia ineficiente, que não atua impessoalmente e com meritocracia, o que pode resultar em ineficiência e em desperdício de recursos públicos.
Edmilson Gama da Silva afirma que o assunto patrimonialismo é amplo e por isso carece de um debate contínuo sobre a reformulação do Estado no Brasil, ressaltando a importância de agir com transparência e responsabilidade para garantir uma administração pública mais eficiente para a população. Para Edmilson Gama da Silva, é preciso combater o patrimonialismo para fortalecer a democracia e o crescimento econômico e social no país.
